A 25 de Março me ensinou mais sobre negócios do que muita sala de reunião.
- Antonio Morante

- 10 de nov.
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Antes de fundar um grupo empresarial e liderar mais de 8 mil pessoas, trabalhei na Casas Fortaleza, no coração da 25 de Março, em meados dos anos 80. Bons tempos, mas bem difíceis! Mas valeu pelo aprendizado com a comunidade árabe no campo do comércio puro e empreendedor.
A loja era grande e o movimento ainda maior. Ali, o que valia não era o currículo, era saber resolver a concorrência com outras grandes lojas, em especial a Tapeçaria CHIC.
Aprendi a atender rápido, lidar com diferentes perfis e tomar decisões com o pé no balcão.
Tinha que negociar com o fornecedor, cuidar do estoque e manter a cabeça no lugar mesmo quando tudo apertava. As vendas eram concentradas em tapetes, carpetes e cortinas. Todas instaladas com funcionários especializados e cerca de 150 atendimentos diários. A parte administrativa e financeira também era de minha responsabilidade. A empresa chegou a ter 500 colaboradores com filial no Rio de Janeiro.
O erro não ia para o relatório… virava prejuízo no mesmo dia. Não existia Excel nem BI. O que existia era olho vivo, escuta atenta e muito bom senso. A gestão, na prática, não tinha nada de glamourosa.
Os princípios que levo até hoje começaram ali: agir com firmeza, respeitar o cliente e ter consciência do impacto de cada decisão. Aprendi a diferença entre vender e empurrar. E entendi que gente boa não se forma só com curso: se forma com responsabilidade na prática.
A 25 de Março me ensinou mais sobre negócios do que muita sala de reunião. E o mais importante é que carrego, até hoje, as boas memórias desse aprendizado em cada decisão.
Em algumas oportunidades que tenho chego até a dizer que a 25 de Março foi uma universidade para mim.
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