Por que sigo à frente da empresa — e por que isso não significa estar sozinho no comando
- Karina Willemann

- 14 de nov.
- 1 min de leitura

Durante muitos anos, ouvi a mesma pergunta: “Por que o senhor ainda está à frente da empresa?”
A resposta é: continuo porque conheço o setor, os bastidores e os riscos que só quem já viu de perto consegue identificar. Mas isso não significa que esteja sozinho no comando.
Ao longo da minha trajetória, aprendi que liderar não é concentrar conhecimento, é espalhá-lo. Já vi operações ficarem vulneráveis porque o conhecimento estava preso a uma única pessoa.
Em segurança eletrônica, isso é mais perigoso do que parece. Se não houver redundância técnica, humana e operacional, o sistema quebra no primeiro ponto de falha.
Então, na empresa, sempre fiz questão de formar pessoas. Ensinar, delegar e acompanhar. Não para deixar tudo igual, mas para garantir que a lógica se mantenha: agilidade, responsabilidade e coerência entre o que prometemos e o que entregamos.
Isso exige confiança. Exige que quem lidera saiba abrir espaço, mas também saiba quando é hora de entrar na conversa.
Hoje, tenho um time administrando comigo com visão de longo prazo, preparo e autonomia. E isso só foi possível porque guiar sem controlar é, para mim, o que define uma liderança madura.
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